Não bastasse a insatisfação de alguns petistas com a postura adotada por Ilário Marques na condução do partido no Estado, a legenda vive agora outra crise. Por resolução da Executiva Nacional da Tendência Marxista (TM) – um dos dez braços da agremiação -, a coordenação local da TM cearense está oficialmente dissolvida.
Segundo a Direção Nacional da TM, a decisão foi tomada por conta de divergências internas, onde “uma maioria e uma minoria tornaram-se inconciliáveis”. Maioria essa representada principalmente pelo ex-membro da coordenação estadual, Antônio Ibiapino da Silva; e minoria personificada na figura do vice-governador Francisco Pinheiro.
A crise, porém, não é de agora. Começou em 2004, durante os debates da Tendência para deliberar sobre o apoio à corrida de Luizianne Lins (PT) rumo à Prefeitura de Fortaleza. Nessa época, Ibiapino e parte da TM defendiam a candidatura da correligionária; já Pinheiro preferia as propostas de Inácio Arruda (PCdoB). Prevaleceu a primeira tese, apesar da Nacional ter tentado intervir.Desde então, o clima só acirrou-se.
E o auge do confronto de ideias deu-se no segundo turno das eleições internas do PT para definir o novo presidente do partido no Ceará. Ibiapino & companhia queriam Ilário à frente das ações; Pinheiro e seguidores eram contra Marques e a favor de Joaquim Cartaxo, hoje secretário das Cidades. Novamente, prevaleceu a primeira tese. E por 53 votos.
A partir daí, a separação foi visceral. Nada de encontros entre o então membro da coordenação estadual e o vice-governador, que, conforme Ibiapino, não participava das reuniões da TM e chegou a criar um grupo próprio dentro da Tendência, conhecido como “grupo do professor Pinheiro”. Agora, a cisão oficializou-se. E exatamente em consequência da falta de consenso na hora das tomadas de decisão.
Em entrevista ao O Estado, Ibiapino afirmou que a Direção Nacional tem tomado rumos que destoam dos princípios da TM de sempre defender o centralismo democrático. Ou seja: da Tendência seguir o que a maioria deliberar. Para ele, a intervenção em 2004 foi uma ação clara dessa natureza. “O que me magoa e é lamentável a Direção Nacional não levar em consideração que levamos uma vida toda construindo uma alternativa do ponto de vista ético baseada na esperança e esse grupo factual (de Pinheiro) estar fazendo política a partir de interesses pessoais”, disse.
O vice-governador, por outro lado, preferiu não potencializar a crise marxista e atribuiu a dissolução da coordenação estadual ao que classificou de “fatos que não são de grande interesse da população”. A postura foi similar à de Ilário, que, procurado pela reportagem, admitiu o racha entre Ibiapino e Pinheiro, mas optou por não comentar a rixa. “Tava tendo muita crise, mas isso não cabe a mim. Seria inadequado [falar sobre o assunto], porque não posso interferir em decisões de corrente”, argumentou.
No entanto, mesmo desviando de polêmicas, o vice-governador agora está incumbido da missão de recrutar novos militantes e responder pela TM até uma nova coordenação local ser montada. E isso já está sendo articulado, conforme ele mesmo adiantou. “Estamos contatando todos, nos apresentando [como dirigente “interino”] e tentando incorporar grupos simpatizantes que até agora não faziam parte dos quadros”, revelou.
Enquanto isso, Ibiapino está envolto na consolidação do Campo Esperança Socialista. Não se trata de uma nova tendência, mas de uma aglutinação de grupos petistas locais com linhas de atuação similares e contrárias à democratização do capitalismo, defesa feita por alguns representantes do partido. “Vamos travar uma luta interna contra isso e para mostrar que eles [a Direção Nacional] estão errados ao serem anticomunistas. Vamos fazer resistência a isso”, salientou.
- A Tendência Marxista surgiu do desmembramento de componentes do Partido Revolucionário Comunista (PRC), uma instituição clandestina de dentro do PT que batia de frente com a Ditadura Militar.- De início, ela chamava-se Movimento por uma Tendência Marxista (MTM). Anos depois, já melhor organizada, consolidou-se nacionalmente como TM.- Além da TM, o PT cearense é composto por outras nove tendências: DS; Articulação; Ação PT; PT Reunido; Trabalho; FS; AE; MPT e DR.- A primeira discussão coletiva de Pinheiro com os demais componentes da TM acontece, seguindo a uma orientação nacional, no próximo dia 23, com a realização de uma conferência estadual.- Em informativo formulado pela TM, a tendência diz que o grupo destituído “insistiu em tornar público, de forma irresponsável, debate interno à TM, de forma distorcida”.- Em outro trecho, diz que essas atitudes tinham um “claro objetivo de desconstruir politicamente a Coordenação Nacional e seus membros”.
Segundo a Direção Nacional da TM, a decisão foi tomada por conta de divergências internas, onde “uma maioria e uma minoria tornaram-se inconciliáveis”. Maioria essa representada principalmente pelo ex-membro da coordenação estadual, Antônio Ibiapino da Silva; e minoria personificada na figura do vice-governador Francisco Pinheiro.
A crise, porém, não é de agora. Começou em 2004, durante os debates da Tendência para deliberar sobre o apoio à corrida de Luizianne Lins (PT) rumo à Prefeitura de Fortaleza. Nessa época, Ibiapino e parte da TM defendiam a candidatura da correligionária; já Pinheiro preferia as propostas de Inácio Arruda (PCdoB). Prevaleceu a primeira tese, apesar da Nacional ter tentado intervir.Desde então, o clima só acirrou-se.
E o auge do confronto de ideias deu-se no segundo turno das eleições internas do PT para definir o novo presidente do partido no Ceará. Ibiapino & companhia queriam Ilário à frente das ações; Pinheiro e seguidores eram contra Marques e a favor de Joaquim Cartaxo, hoje secretário das Cidades. Novamente, prevaleceu a primeira tese. E por 53 votos.
A partir daí, a separação foi visceral. Nada de encontros entre o então membro da coordenação estadual e o vice-governador, que, conforme Ibiapino, não participava das reuniões da TM e chegou a criar um grupo próprio dentro da Tendência, conhecido como “grupo do professor Pinheiro”. Agora, a cisão oficializou-se. E exatamente em consequência da falta de consenso na hora das tomadas de decisão.
Em entrevista ao O Estado, Ibiapino afirmou que a Direção Nacional tem tomado rumos que destoam dos princípios da TM de sempre defender o centralismo democrático. Ou seja: da Tendência seguir o que a maioria deliberar. Para ele, a intervenção em 2004 foi uma ação clara dessa natureza. “O que me magoa e é lamentável a Direção Nacional não levar em consideração que levamos uma vida toda construindo uma alternativa do ponto de vista ético baseada na esperança e esse grupo factual (de Pinheiro) estar fazendo política a partir de interesses pessoais”, disse.
O vice-governador, por outro lado, preferiu não potencializar a crise marxista e atribuiu a dissolução da coordenação estadual ao que classificou de “fatos que não são de grande interesse da população”. A postura foi similar à de Ilário, que, procurado pela reportagem, admitiu o racha entre Ibiapino e Pinheiro, mas optou por não comentar a rixa. “Tava tendo muita crise, mas isso não cabe a mim. Seria inadequado [falar sobre o assunto], porque não posso interferir em decisões de corrente”, argumentou.
No entanto, mesmo desviando de polêmicas, o vice-governador agora está incumbido da missão de recrutar novos militantes e responder pela TM até uma nova coordenação local ser montada. E isso já está sendo articulado, conforme ele mesmo adiantou. “Estamos contatando todos, nos apresentando [como dirigente “interino”] e tentando incorporar grupos simpatizantes que até agora não faziam parte dos quadros”, revelou.
Enquanto isso, Ibiapino está envolto na consolidação do Campo Esperança Socialista. Não se trata de uma nova tendência, mas de uma aglutinação de grupos petistas locais com linhas de atuação similares e contrárias à democratização do capitalismo, defesa feita por alguns representantes do partido. “Vamos travar uma luta interna contra isso e para mostrar que eles [a Direção Nacional] estão errados ao serem anticomunistas. Vamos fazer resistência a isso”, salientou.
- A Tendência Marxista surgiu do desmembramento de componentes do Partido Revolucionário Comunista (PRC), uma instituição clandestina de dentro do PT que batia de frente com a Ditadura Militar.- De início, ela chamava-se Movimento por uma Tendência Marxista (MTM). Anos depois, já melhor organizada, consolidou-se nacionalmente como TM.- Além da TM, o PT cearense é composto por outras nove tendências: DS; Articulação; Ação PT; PT Reunido; Trabalho; FS; AE; MPT e DR.- A primeira discussão coletiva de Pinheiro com os demais componentes da TM acontece, seguindo a uma orientação nacional, no próximo dia 23, com a realização de uma conferência estadual.- Em informativo formulado pela TM, a tendência diz que o grupo destituído “insistiu em tornar público, de forma irresponsável, debate interno à TM, de forma distorcida”.- Em outro trecho, diz que essas atitudes tinham um “claro objetivo de desconstruir politicamente a Coordenação Nacional e seus membros”.
FONTE: jornal o estado
ISSO SÓ MOSTRA A CACHORRADA E O CABARÉ QUÉ O PTCANALHAS!!!!
ResponderExcluir