ANGÚSTIA. SOFRIMENTO. DESESPERO.. O DRAMA DE UMA PARTE DA NOSSA CIDADE.

Eu não vou abandonar a minha casa de jeito nenhum. Com essa frase e com os olhos cheios de lágrimas, dona Maria de Fátima, uma senhora de sessenta e dois anos gritava desesperadamente por ajuda, quando a água da chuva começou a invadir a sua pequena e humilde casa. Pelo amor de Deus me ajudem. Como querendo impedir que a água entrasse em sua casa, dona Maria usava toda a sua força para mover o rodo. Desespero. Dor. Angustia. Agonia. Dona Maria era o retrato fiel de uma pessoa decepcionada e de quando em vez proferia frases de decepção aos políticos de nossa terra. “Cadê os vereador”. “quede o nosso prefeito”? “Cadê esse povo que num aparece. So aparece pa pidi votu” era a voz embargada e cheia de mágoas da dona Maria de Fátima. “Quando é que esses homi vão ter compaixão de nós”? Era mais uma das muitas indagações proferidas pelos moradores que como uma grande corrente de solidariedade ajudava uns aos outros. Em outro bairro da cidade o cidadão DEDA dono de uma pequena oficina deixava também transparecer toda sua angustia pela perda de diversos equipamentos que lhes dão o sustento familiar. E agora o que é que eu vou fazer. Os carros dos clientes encheram dagua. Os motores da minha oficina foram praticamente todos queimados o prejuízo aqui é grande. O mais doloroso é que ninguém da prefeitura aparecer pra fazer alguma coisa por nós. Esse desabafo foi feito pelo mencionado cidadão através do programa 970 graus da rádio monólitos AM.