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quinta-feira, 21 de junho de 2012

O CRIME COMPENSA???




No início da semana o ex-presidente Lula “acertou” o apoio de Paulo Maluf ao seu pupilo e candidato a prefeito de São Paulo Fernando Hadad. Eles posaram de mãos dadas para fotos na casa de Maluf.
É um momento antológico da política brasileira: Luis Inácio Lula da Silva e Paulo Maluf, antagonistas históricos, e dos mais renhidos, de mãos dadas para dar à luz o "novo homem".
Com o artigo intitulado “O Crime Compensa?”, a jornalista Eliane Cantanhêde abordou o “acordo” dos políticos paulista no jornal Folha de São Paulo.
Vamos ler o artigo e depois comentar esse fato “histórico” e cheio de aspas, e responder: o que os nossos leitores acharam desse “acordo político”. Confira:

Há uma enorme perplexidade, sobretudo em Brasília, diante dos sucessivos erros de Lula depois de sair da Presidência e assistir, da planície, ao sucesso de Dilma no Planalto e nas pesquisas.
A aliança de Lula com Paulo Maluf, porém, tem uma lógica eleitoral (certa ou errada) e combina perfeitamente com todos os movimentos de Lula durante seus oito anos na Presidência, resumidos numa frase: vale tudo pelo poder.
Ao juntar-se a Maluf e anunciar a aliança no “bunker” malufista, diante de uma multidão de fotógrafos, Lula sobrepôs o que considera ganhos eleitorais (quantitativos) a inevitáveis perdas políticas (qualitativas).
Explico: ele vendeu o PT a Maluf por um minuto e meio e pelo ainda forte capital de votos de Maluf em setores conservadores e na periferia da capital paulista. E deu de ombros para a evidente reação de petistas, tucanos ou marcianos.
Fazendo o cálculo, Lula concluiu que valia a pena prestar-se ao que Luiza Erundina chamou ontem de “higienização” de Maluf. A imagem do PT? Já não anda lá essas coisas mesmo desde o mensalão…
Pragmatismo em puríssimo estado, tão ao gosto de quem se atirou com tanto prazer nos braços de Collor, de Sarney, de tantos outros inimigos históricos do PT. E, quando se fala de Maluf, a questão não é ideológica, programática, política. A questão é visceralmente ética.
Registre-se, de quebra, o protagonismo de Lula e a inexpressividade do próprio candidato Fernando Haddad. Em todos os episódios, com Marta, Kassab, Maluf, Erundina, ele parece um mero figurante, de cabelo novo, roupa nova, sor riso novo e completamente dispensável -seria deselegante falar em marionete.
Um efeito prático no grave erro político do abraço a Maluf, portanto, é que Haddad vai aumentar e Lula vai reduzir a presença em cena. Nos bastidores, porém, continuará ensinando ao pupilo que o crime compensa.

2 comentários:

  1. Muita cara de pau tudo isso, a política cada dia fica mais suja, as idéias e as propostas foram trocadas pela vontade de se manter no poder e viver as custas do povo. Fora Lula Fora Maluf.

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  2. Isso é falta de vergonha, onde fica toda aquela ideologia do PT e dos petistas?
    Gostaria que algum petista comentasse esse artigo, eles ficam falando tanto em honradez e seriedade, e agora como vão ficar?

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