Dados do Mapa da Violência 2012, divulgados nesta quarta-feira, dia 14, pelo Instituto Sangari, apontam que o número de homicídios cresceu muito no Brasil, no Ceará e principalmente no interior cearense.
De acordo com o relatório, as taxas de violência no Ceará crescem acima da média nacional, impulsionadas, entre outros fatores, pelo crescimento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
“Fica difícil compreender como, em um país sem conflitos religiosos ou étnicos, de cor ou de raça, sem disputas territoriais ou de fronteiras, sem guerra civil ou enfrentamentos políticos violentos, consegue-se exterminar mais cidadãos do que na maior parte dos conflitos armados existentes no mundo”, diz o estudo.
Para termos uma idéia de como a taxa de homicídio cresceu no interior do Ceará, há trinta anos, em 1980, a taxa era de 2,4, ou seja, eram assassinadas 2,4 pessoas para um grupo de 100 mil habitantes. Já em 1990 essa taxa passou para 4,6. Em 2000 a taxa alcançou 10,1. E agora em 2010 a taxa ficou em 20,3.
O estudo mostrou que a taxa de homicídio praticamente dobra a cada década no interior do estado do Ceará. Enquanto isso, em trinta anos, a mesma taxa no Brasil passou de 11,7 para 26,2.
O relatório mostra, ainda, que no ano 2000 58 municípios do Ceará não registraram nenhum homicídio. Em 2010 apenas 27 municípios não registraram homicídios. Em contrapartida, aumentou de forma muito significativa o número de municípios com taxas acima da média nacional. Em 2000 eram somente 11 municípios; em 2010 vão ser 46, que equivale a 25% dos municípios do estado.
Observamos que aconteceu no Ceará uma forte dispersão dos focos de violência. Onde mais cresceu foi nos 90 municípios entre 5 e 20 mil habitantes, é o caso de municípios como Antonina do Norte, São João do Jaguaribe, Jaguaribara ou Jijoca de Jericoacoara com taxas acima de 50 homicídios em 100 mil habitantes e largo crescimento na década.
Fonte: MonólitosPOST
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